Nova gestão, resolução de estágio probatório e reforma da previdência em pauta: Adufg-Sindicato participa de reunião com Reitoria da UFJ

O presidente do Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg-Sindicato), professor Geci Silva, e o segundo vice-presidente, Luis Antônio Contim, estiveram reunidos com a Reitoria da Universidade Federal de Jataí (UFJ) representando a entidade sindical na discussão de demandas dos docentes da instituição de ensino. Na reunião, que aconteceu na última terça-feira (1º), foram abordados temas como a atual situação da UFJ após a troca de gestão, a nova resolução de estágio probatório da instituição, reforma da previdência e articulações sindicais.

Estiveram presentes na reunião o Reitor da UFJ, professor Christiano Peres Coelho, a Pró-reitora de Gestão de Pessoas da UFJ, professora Graziele Alves Amaral, o Chefe de Gabinete da Reitoria, professor Hugo Machado Sanchez, a Pró-reitora de extensão, cultura e esporte, professora Erin Caperuto de Almeida, o Pró-reitor de Planejamento e Administração, professor Danival Vieira de Freitas, e representante da assessoria jurídica da universidade, professor Hugo Ferreira.

Previdência 

Em relação a reforma da previdência, o diretor-presidente relatou a dificuldade que o sindicato enfrenta em meio a luta pela renegociação dos direitos tirados da categoria com a mudança da lei. “A reforma da previdência trouxe problemas sérios principalmente para as gerações mais novas. Então a gente precisa estar conscientizando os professores”, disse Geci. 

O presidente do sindicato dos docentes fez questão de enfatizar que o Adufg segue as diretrizes da Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico (PROIFES-Federação). “A PROIFES não foi favorável as reformas da previdência que ocorreram e trouxeram grandes prejuízos aos servidores, bem como nos dividiu em várias gerações. Eles preferiam que a gente não tivesse mexido tanto nessas reformas e continuasse todos na mesma geração. Mas, infelizmente elas ocorreram e precisamos conscientizar os professores e professoras dos prejuízos causados e em relação ao Funpresp, que é uma realidade”, explicou o diretor-presidente.

Geci relembrou, ainda, o trabalho que tem sido realizado junto à PROIFES no acompanhamento de ações federais no que tange aos campos da educação, ciência e tecnologia. “Nós temos uma articulação política forte que nos dá espaço, tanto no Fórum Nacional de Educação quanto no de Ciência, Tecnologia e Inovação. Nós temos participado disso tudo, temos construído documentos articuladores que acabam interferindo nas políticas nacionais”.

Nesse sentido, Luis Contim reiterou as ações já promovidas pelo sindicato para que os docentes estejam mais engajados e inseridos na causa conjunta. “É um trabalho que o sindicato tem feito desde 2019, desde que a gente começou a sentir as consequências da última reforma da previdência. Temos visto uma degradação do nosso sistema previdenciário. E a gente percebe a falta de conhecimento do próprio professor do tamanho da enrascada que a reforma da previdência trouxe”, acrescentou. 

Os representantes do sindicato informaram que o Adufg-Sindicato receberá em sua sede de Goiânia o Encontro Nacional do PROIFES Federação, deste ano, entre os dias 20, 21 e 22 e novembro, onde serão discutidos os temas que serão pautas de lutas dos próximos anos.

Ambiente universitário 

Os representantes da UFJ levantaram a necessidade de criação de uma corregedoria própria para funcionar como um canal de denúncias e apuração de situações relacionadas à relação professor-aluno. Luis Contim, que também é docente da UFJ, destacou o papel do sindicato no manejo dessas situações e na assistência aos professores. 

O 2° vice-presidente do Adufg-Sindicato ressaltou a necessidade de criar um ambiente saudável de atuação para os professores e reforçar ações que favoreçam as boas interações com os estudantes em sala de aula. “Com relação a essa questão do ambiente saudável da universidade, a gente normalmente recebe essa consequência. No sindicato, tem vários anos que a gente tem feito um trabalho de apoio ao professor. Desde o atendimento pessoal, o atendimento psicológico, até mesmo, por exemplo, atividades que servem para a saúde mental, para a educação da pessoa, tanto que tem pilates, tem yoga, tem aula de dança. E é assim porque a gente vê lá o efeito que causa no bem-estar do professor”, exemplificou.

Contim reiterou que o sindicato, muitas vezes, faz a ponte entre o docente e a instituição de ensino. Além disso, foi destacado também o papel de auxílio jurídico prestado pelo sindicato.

Por fim, o Reitor da UFJ se comprometeu a debater com o sindicato as tomadas de decisões que afetem o trabalho do professor, como, por exemplo, a reformulação da Resolução de Progressão e Promoção na carreira. O tema será pauta das próximas reuniões do conselho universitário.