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Autor: Ascom Adufg-Sindicato

Publicado em 01/10/2019 - Assembleia, Notícias

Mobilização da comunidade acadêmica é pauta principal de Assembleia Geral Extraordinária

Apoio integral à greve nacional dos estudantes marcada para os dias 2 e 3 de outubro foi um dos encaminhamentos aprovados

Mobilização da comunidade acadêmica é pauta principal de Assembleia Geral Extraordinária

A necessidade de sensibilização para mobilização dos docentes, estudantes e técnicos administrativos na defesa da universidade pública foi a principal pauta da Assembleia Geral Extraordinária realizada na tarde desta terça-feira, 24, no Adufg-Sindicato. Com a participação de professores de diversas unidades, a assembleia aprovou encaminhamentos referentes à greve nacional dos estudantes que será realizada nos dias 2 e 3 de outubro, assim como atividades com objetivo de aproximar e envolver a comunidade acadêmica. 

A diretora de Convênios e de Assuntos Jurídicos do Sindicato, Ana Kratz, defendeu que a mobilização em defesa da Educação Pública Superior precisa ser constante e sempre realizada com uma pauta de diálogo com a sociedade. “A universidade é hoje o grande inimigo do governo e a maioria da população pensa que nós gastamos sem produzir nada. É extremamente importante a mobilização dos professores, dos funcionários, dos discentes para que a população defenda a universidade, sem essa defesa, nós estamos perdidos”, destacou a docente.

Essa visão foi compartilhada pelo professor Geci José Pereira, do Instituto de Matemática e Estatística (IME) da UFG, que também esteve presente na Assembleia. Segundo o docente, diante de todos os ataques contra as instituições federais e até contra a carreira dos docentes, como a contratação dos professores via CLT. “Não existe outro caminho a não ser mobilizar contra esse governo, de modo que ele possa nos ouvir e entender o papel importante que a educação tem”. 

Tivemos um indicativo da capacidade de concentração da comunidade acadêmica a partir da Assembleia Universitária realizada pela UFG na tarde de ontem, 23. O evento foi relembrado pelo diretor Administrativo do Adufg, João Batista de Deus, que compareceu à Assembleia como representante do Sindicato.

O professor aproveitou a reunião de hoje para parabenizar o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFG e outros militantes do movimento estudantil por terem pressionado a Reitoria a convocar a Assembleia Universitária. Porém, pontuou que a fala do Reitor da UFG, Edward Madureira, durante o evento não foi das mais animadoras, “Ele declarou que havia a ideia de descontingenciamento, mas que na verdade ele não foi realizado e que a situação da UFG é preocupante. Nós temos R$ 21 milhões em dívidas”.

Para o presidente do Adufg-Sindicato, Flávio Alves da Silva, é esperado que a capacidade de mobilização da comunidade acadêmica e dos defensores da Educação demonstre a sua força mais uma vez nos dias 2 e 3 de outubro, durante a greve nacional dos estudantes, convocada pela UNE. “Temos que ir para as ruas. Não há outro jeito. Esse governo quer desmontar as universidades para nos obrigar a aderirmos ao Programa Future-se”, alertou.

O professor Flávio Sofiati, da Faculdade de Ciências Sociais (FCS), declarou que nós da universidade temos o dever de organizar essa longa resistência contra esse governo que a passos largos vai fazer de tudo para privatizar a Educação Superior Pública.

A Assembleia Geral Extraordinária foi finalizada, após a exposição e sugestão de diversos pontos, com a aprovação dos seguintes encaminhamentos: 

.  Visitas aos Conselhos Diretores das unidades acadêmicas;

. Realização de assembleias em pátios da Universidade; 

. Apoio integral à Greve dos Estudantes nos dias 2 e 3 de outubro e recomendação aos docentes filiados para que participem da mobilização nas ruas; 

. Solicitação de Audiência Pública na Alego para tratar da censura e da produção cultural no estado de Goiás