Inauguração do Espaço de Educação Ambiental: Café da manhã inaugura novo ambiente na Sede Campestre com homenagem ao legado do professor Antônio César Oliveira

Uma trajetória marcada pelo incentivo à preservação ambiental. Essa foi uma das marcas deixadas pelo professor da Faculdade de Educação da UFG, Antônio César Oliveira (in memoriam), um dos grandes líderes do movimento escoteiro em Goiânia e ex-diretor do Adufg-Sindicato. 

Seu legado no incentivo à transformação da Sede Campestre em uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) agora está registrado na placa de identificação do Espaço de Educação Ambiental, que reuniu dezenas de sindicalizados na inauguração do espaço, além de diretores, amigos e admiradores do docente.

Entre os convidados, estiveram os professores e amigos do homenageado, Carlos Alberto Tanezini e Jefone de Melo Rocha, o Grupo Escoteiro Goyaz, e membros da Diretoria do Adufg-Sindicato, como a Diretora de Assuntos de Aposentadoria e Pensão, Ana Kratz. 

A principal finalidade do espaço é servir como visitação e fonte de pesquisa para alunos e estudantes das universidades públicas de Goiás (UFG, UFJ e UFCAT). Karla Faria é coordenadora do Grupo de Pesquisa Geoecologia das Paisagens do Cerrado e responsável técnica da RPPN. Ela ressalta que o estudo RPPN da UFG foi o primeiro a ser aprovado pela Secretaria de Meio Ambiente do Estado de Goiás. Sobre as expectativas, a pesquisadora relata:

“Nós acreditamos que o processo de implementação e uso dessa área será bastante proveitoso nessa interação entre sociedade e meio ambiente, bem como no processo de preservação ambiental”. 

Karla conta que o espaço da RPPN é um local para a realização de atividade de educação ambiental envolvendo a comunidade da região, a universidade e interessados na prática de ações reflexivas e práticas associadas à preservação e conservação ambiental. Ela enfatiza ainda a importância da inauguração para o município de Hidrolândia, por conta da proximidade com a Serra do Morro Feio. 

O Grupo Escoteiro Goyaz também esteve presente, contando com a participação de Ilvia Oliveira, escoteira e filha do homenageado. Ela diz que é um privilégio participar da inauguração de um espaço que leva o nome do pai, sobretudo devido à longa trajetória do professor na área da defesa ambiental, por conta do movimento. 

“Nossa causa ambiental é muito forte e é muito emocionante saber que isso foi levado à frente e está levando o nome dele numa instituição fora do movimento escoteiro”, exprime Ilvia. 

Ela acrescenta que o Adufg-Sindicato também era uma das paixões de Antônio César. “Foi uma pessoa que sempre esteve ali com dedicação, sempre comprou essa causa dos direitos dos professores. A questão ambiental sempre foi muito forte e ele trouxe para dentro do ADUFG, que comprou essa ideia, permitindo com que hoje estejamos aqui para inaugurar esse espaço com o nome dele. Isso dá um quentinho no coração, saber que a partida dele é importante até nesse momento”

O professor aposentado Jefone Rocha fez parte das homenagens ao professor e relembrou a época de aquisição da sede, incentivada pela então presidenta do sindicato Ieda Burjack.

“Fico feliz em saber que hoje isso aqui virou um espaço ambiental importantíssimo e interessante. Graças a nossa presidente isso aqui foi comprado e nós temos hoje, por iniciativa da professora Ieda Burjack, esse espaço maravilhoso que é a Sede Campestre. Nós temos que cultivar a história, não se constroi uma sociedade sem que nós não tenhamos a história como base. Eu estou satisfeito, feliz e agradeço ao nosso sindicato pela lembrança nominal do professor César”, pontuou o ex-tesoureiro, que fez parte da 8ª Diretoria do Adufg, entre 1993 e 1995.

Outra amiga do homenageado é Iara Barreto, ex-professora da Faculdade de Nutrição da UFG, que menciona com carinho a trajetória do professor, enfatizando sua trajetória dentro da universidade.

“Conheci o professor César logo assim que cheguei na universidade, em 1977, uma pessoa empenhada e amante da questão ambiental. E esse espaço aqui foi ele quem idealizou, foi ele quem se empenhou para construir. Então é necessário que se registre isso, se faça valer realmente a história de uma pessoa. A história do Antônio César se confunde com a da própria UFG, com aquilo que ela tem de grande, de importante. E o nosso sindicato, cumprindo esse papel, promoveu hoje esse encontro, que está nos trazendo muita alegria”.