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Autor: Ascom Adufg-Sindicato
Publicado em 26/03/2025 - Notícias
26 de março é o Dia Mundial da Prevenção ao Câncer de Colo de Útero

Muito além do Outubro Rosa ou Novembro Azul, as campanhas de conscientização da saúde têm ganhado cada vez mais destaque entre a comunidade científica, acadêmica e a população em geral. Agora, é a vez do Março Lilás, que aborda a importância da prevenção contra o câncer do colo de útero.
E, hoje, dia 26 de março, a saúde reforça a data, simbolizando o Dia Mundial da Prevenção ao Câncer de Colo de Útero. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), entre 2023 e 2025, foram estimados a incidência de 17.010 novos casos do câncer. O estado de Goiás foi o décimo primeiro do Brasil com a maior quantidade de casos e o primeiro do centro-oeste, segundo estudo do mesmo instituto em 2022.
O câncer do colo de útero é o terceiro tumor maligno com maior frequência entre as mulheres e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil. Ele é um tumor, ou seja, multiplicação anormal das células cancerígenas, que se desenvolve no “colo”, a parte inferior do útero, localizada no fundo do canal vaginal.
Causas
A causa mais provável é proveniente da infecção por HPV, o Papiloma Vírus Humano, transmitido durante a relação sexual, sendo considerada uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) comum. Alguns fatores de risco são tabagismo, histórico de outras ISTs, vida sexual com múltiplos parceiros e sistema imunológico enfraquecido.
Esse vírus afeta a pele e as mucosas e, na maioria das vezes, é eliminado naturalmente pelo organismo em um período aproximado de 24 meses.
Contudo, em alguns casos, a infecção pode persistir e lesões podem aparecer, ocasionadas pela multiplicação do vírus diante de uma menor resistência imunológica. Vale lembrar que as mulheres fumantes têm uma predisposição maior à doença.
Sintomas
Inicialmente, a doença é silenciosa. Com o decorrer do tempo, podem ser notados sangramentos fora do período menstrual, além de outros sintomas como dor ou desconforto pélvico, secreção vaginal anormal e mudanças no padrão da menstruação.
Diante de qualquer um dos sintomas, procure um médico!
Formas de prevenção
Existem diferentes formas de prevenção contra o vírus HPV. A vacinação deve ocorrer antes do início da vida sexual. Segundo o Ministério da Saúde, entre o público-alvo estão meninas e meninos de 9 a 14 anos, mulheres e homens com HIV e vítimas de abuso sexual.
Além disso, a prevenção também inclui a realização do exame preventivo, conhecido como papanicolau, que recolhe material do colo do útero e é enviado para análise laboratorial.
O procedimento deve ser feito periodicamente para que se possa detectar possíveis alterações pré-cancerígenas e evitar que haja a evolução para o estágio do câncer.
A camisinha também é um método preventivo, porém sua eficácia não é total, pois o vírus pode passar durante o ato, inclusive sem a presença de penetração e entre pessoas do mesmo sexo.
Faixa etária para vacinação é ampliada em Goiás
A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) anunciou a ampliação da faixa etária para a vacinação contra o HPV, que previne o câncer do colo de útero. Além da aplicação de doses na faixa regular (de 09 a 14 anos), adolescentes de 15 a 19 anos também poderão se vacinar nas unidades de saúde do estado.
A medida tem como objetivo ampliar a faixa de imunização dos adolescentes que não receberam a vacina na idade adequada e reduzir riscos relacionados ao diagnóstico de câncer, que podem ser vários: do colo do útero, pênis, ânus e boca. Portanto, jovens de ambos os sexos devem se vacinar.
Em 2024, foram contabilizados 595 casos e 242 óbitos em decorrência do câncer de colo do útero no estado de Goiás. Já o Inca afirma que o HPV é responsável por 99% dos casos desse tipo de câncer.