Adufg-Sindicato participa do lançamento da primeira Pedra Fundamental do Espaço Intercultural Indígena

O Adufg-Sindicato participou, na segunda-feira (10), do lançamento da primeira Pedra Fundamental, que marca a construção do Espaço Intercultural UFG. A obra é um marco na inclusão à diversidade indígena e contará com um ambiente multiuso para os estudantes. Com auditório, alojamento, refeitório, redário, área infantil e espaço de convivência. 

A construção faz parte de uma série de investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal, que irá investir 17,8 milhões de reais na construção do espaço. 

Com o lançamento de mais duas pedras fundamentais, que marcam o avanço da obra, a previsão é que o espaço seja concluído em julho de 2026, em uma área total de 3723 m². A infraestrutura está sendo construída em área localizada próximo ao Parque Tecnológico, no Campus Samambaia, ao lado da Reitoria da UFG e perto da entrada principal do campus. 

Entre as autoridades presentes, estavam a Reitora da UFG, Angelita de Lima, o Vice-Reitor, Jesiel Carvalho, a Diretora de Desenvolvimento da Rede de Instituições Federais de Ensino Superior do Ministério da Educação, Tânia Francisco, além da Coordenadora do Laboratório de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade de Artes Visuais (FAV/UFG) e idealizadora do projeto, Lívia Moreira. 

"Esse projeto transcende paredes, foi preciso muita sensibilidade e reafirmo em cada detalhe o compromisso em atender a todos. Como arquiteta, tentei respeitar toda a coletividade e inspirar a conexão humana", relata a arquiteta. 

Representando o sindicato, a Diretora de Assuntos Interinstitucionais do Adufg-Sindicato, Geovana Reis, afirma que o Adufg se alegra com o investimento e considera importante que a UFG defenda políticas de inclusão à comunidade indígena, reforçando o histórico da instituição. 

“A UFG tem uma história antiga de incorporação da cultura indígena, por meio da realização do Curso de Licenciatura em Educação Intercultural, consolidado na UFG e que já formou várias turmas de professores para atuarem nas suas devidas comunidades”, exprime a diretora. 

Ela reforça a importância também de fiscalizar o andamento da obra. “A expectativa é que em 18 meses esteja sendo inaugurado um novo espaço para o atendimento das políticas de inclusão na UFG, basicamente voltadas para a população indígena. Então devemos ficar atentos em relação a isso”, finaliza a docente. 

O Curso de Licenciatura em Educação Intercultural, citado por Geovana, reforça o compromisso da UFG na inclusão dos povos indígenas dentro da universidade. Ele é oferecido pelo Núcleo Takinahakỹ de Formação Superior Indígena (NTFSI) e conta com três habilitações: Ciências da Cultura, Ciências da Linguagem e Ciências da Natureza. 

Ele foi criado em 2006 e conta com cerca de 300 alunos indígenas, sendo os estudantes pertencentes do Território Etnoeducacional da Região Araguaia-Tocantins, do Parque Indígena do Xingu e da Terra Indígena Xakriabá, de falantes de línguas dos troncos Tupi e Macro-Jê, bem como das famílias Carib, Aruak, Bororo e Trumai. 

Mais investimentos

Além do Campus Samambaia, haverá investimentos em outros campi da UFG. Em Aparecida de Goiânia, haverá a construção de um Restaurante Universitário e em Goiás, um Centro de Aulas. Já na Cidade Ocidental, será implantado um novo campus, sendo direcionado o valor de total de 60 milhões para a expansão.