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Autor: Ascom Adufg-Sindicato

Publicado em 19/10/2022 - Notícias

Universidades e institutos federais amargam perda de R$ 18,4 milhões em 2022

Cortes do Governo Federal atingem UFG, UFJ, UFCat, IFG e IFGoiano

Universidades e institutos federais amargam perda de R$ 18,4 milhões em 2022

As Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) localizadas em Goiás somam um prejuízo de R$ 18,4 milhões em cortes orçamentários feitos pelo Governo Federal em 2022. O anúncio foi feito na tarde desta terça-feira (18/10), pelos reitores das cinco instituições. Segundo eles, a principal dificuldade, a partir dos cortes, se encontra em despesas básicas, como limpeza, manutenção das estruturas físicas e até mesmo contas de água e luz.

Na Universidade Federal de Goiás (UFG), o corte é de R$ 7,8 milhões. O governo também cortou R$ 1,4 milhão da Universidade Federal de Jataí (UFJ) e R$ 1,2 milhão da Universidade Federal de Catalão (UFCat). O Instituto Federal de Goiás (IFG) e no Instituto Federal Goiano (IFGoiano) perderam, respectivamente, R$ 3,6 milhões e R$ 4,4 milhões.

Os cortes, segundo os gestores, interfere e prejudica o desempenho dos próprios estudantes das instituições de ensino. “O que está em risco é a ciência, as pesquisas e as tecnologias. Estamos em uma situação de muito perigo e de redução de qualidade”, afirmou a reitora da UFG, professora Angelita de Lima.

Segundo a reitora, a UFG não possui condições de atender nem mesmo aos pedidos do Corpo de Bombeiros para segurança, como extintores de incêndio e acessibilidade. Dois auditórios de unidades acadêmicas estão interditados por falta de condições de funcionamento.

Os reitores da UFJ e da UFCat, que foram implantadas entre 2018 e 2019, ressaltaram que as duas instituições precisaram se estruturar com recursos próprios. “Não tivemos investimentos a mais para que pudéssemos nos estruturar ou montar um sistema de administração acadêmica”, explicou a reitora da UFCat, professora Roselma Lucchese. "Estamos dentro do processo de implantação e só a manutenção do orçamento já seria traumática, imagina com os cortes. Para fechar o ano, estamos acumulando dívidas de mais de R$ 3 milhões", declarou o reitor da UFJ, professor Américo Nunes da Silveira Neto.

Os reitores das universidades federais de Jataí e Catalão, que foram implantadas por desmembramento da UFG nos anos de 2018 e 2019, ainda ressaltam que, desde sua formação, precisaram se estruturar com recursos próprios.

"Não tivemos investimento a mais para que pudéssemos nos estruturar ou montar um sistema de administração acadêmica", disse a reitora da UFCat, professora Roselma Lucchese. "Estamos dentro do processo de implantação e só a manutenção do orçamento já seria traumática, imagina com os cortes. Para fechar o ano, estamos acumulando dívidas de mais de R$ 3 milhões", declarou o reitor da UFJ, professor Américo Nunes da Silveira Neto.