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Autor: Ascom Adufg-Sindicato
Publicado em 20/09/2023 - Atuação política e sindical
No Senado, diretora do Adufg-Sindicato defende aperfeiçoamento da legislação que regulamenta a oferta de cursos superiores
A diretora de Assuntos Interinstitucionais do Adufg-Sindicato, professora Geovana Reis, representou a Proifes-Federação nesta quarta-feira (20/09), em Brasília, durante audiência pública promovida pelo Senado. Um dos principais objetivos foi discutir questões relacionadas ao aperfeiçoamento da legislação que regulamenta a oferta de cursos no ensino superior do País. O diretor administrativo do Adufg-Sindicato, professor Flávio Silva, que é tesoureiro da Proifes, também esteve presente.
Na ocasião, a docente citou, entre outros aspectos, a Meta 12do Plano Nacional de Educação (PNE), que tem como objetivo elevar a taxa bruta de matrículas na educação superior para 50% e a taxa líquida para 33% da população de 18 a 24 anos, assegurada a qualidade da oferta e expansão para, pelo menos, 40% das novas matrículas no segmento público. “Apesar de alguns avanços, infelizmente, essa meta não será cumprida nos próximos meses”, destacou.
Ao elencar possíveis fatores para a atual situação, a diretora do Adufg-Sindicato aponta os diversos ataques que o ensino superior público sofreu nos últimos anos e as elevadas taxas de evasão estudantil. “É assustador a gente olhar, em pleno século XXI, e ver os índices de evasão que a gente tem sofrido nas universidades públicas brasileiras”, sintetizou.
Educação básica
Também foi destacada na fala da docente uma certa descrença da juventude brasileira, como um todo, com o ensino superior. Um diploma não representaria mais um caminho que garante melhores oportunidades dentro do mercado de trabalho, segundo Geovana. Nesse sentido, a professora destaca, durante a fala na Comissão, a importância de se pensar o ensino básico e o ensino superior de forma conectada.
“É fundamental políticas de valorização dos professores que atuam tanto no ensino básico quanto no superior”, exemplificou. A diretora do Adufg-Sindicato ainda trouxe recentes apagões no ensino básico e a flexibilização proposta pelo novo ensino médio como sinais preocupantes para o futuro do ensino superior brasileiro.
“A flexibilização curricular pode nos levar ao fenômeno de barateamento da formação”, destacou, pensando tanto no modelo do Novo Ensino Médio quanto no ensino superior, este que vem sendo parcialmente descaracterizado nos últimos anos devido às ofertas de ensino a distância. Por fim, Geovana concluiu: “é muito importante a gente regulamentar a oferta de cursos superiores”.