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Autor: Ascom Adufg-Sindicato
Publicado em 07/02/2023 - Atuação política e sindical
Adufg-Sindicato e Proifes-Federação participam da retomada da Mesa Nacional de Negociação Permanente
O Governo Federal realizou nesta terça-feira (07/02), a reabertura da Mesa Nacional de Negociação Permanente. Na ocasião, foram abertas, oficialmente, as negociações com os servidores públicos. Representantes do Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg-Sindicato) e da Proifes-Federação participaram das discussões.
Durante a reunião, a ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, anunciou a suspensão do cronograma feito pelo governo anterior, relacionado ao decreto 10.620/21, que transferiu para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) a competência para a concessão e manutenção das aposentadorias e pensões do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) das autarquias e fundações públicas da União. Segundo ela, será criado um grupo de trabalho para estudar a revogação do decreto.
Esther Dweck também assinou a minuta de decreto que trata da inclusão de dirigentes com mandato classista na folha de pagamentos do Governo Federal – uma das reivindicações dos sindicatos. O documento foi encaminhado ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e deve ser publicado nesta quarta-feira (08).
A reabertura da mesa de negociação marcou, ainda, o início das negociações com o Governo Federal para o reajuste salarial dos servidores. As perdas já superam 40% desde a última recomposição, ocorrida em 2017. Segundo a ministra, novas tratativas para a apresentação de propostas de reajuste devem ocorrer ainda em fevereiro. “Queremos manter diálogo forte com o funcionalismo”, declarou a ministra.
A reunião também contou com os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Rui Costa (Casa Civil), Luiz Marinho (Trabalho e Emprego), Carlos Lupi (Previdência), Camilo Santana (Educação) e Márcio Macêdo (Secretaria Geral da Presidência).
Liberação de recursos
Ainda na reunião, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, anunciou a liberação de R$ 350 milhões para o pagamento de direitos trabalhistas de 10 mil servidores públicos. A medida contempla valores que não foram pagos em exercícios anteriores. “Este não é um governo qualquer. Estamos diante de uma gestão que tem experiência e credibilidade, mas que sucede um desgoverno que passou quatro anos destruindo todas as bases civilizatórias. Tudo que o ex-presidente colocou a mão foi para destruir”, disse.
O diretor administrativo do Adufg-Sindicato e tesoureiro da Proifes, professor Flávio Silva, ressaltou a importância da recomposição salarial. “Nossa perda inflacionária é de 41,56% e não podemos abrir mão de negociar esse reajuste”, afirmou. O diretor financeiro do Adufg, professor Romualdo Pessoa, também defendeu a recomposição. “Enquanto sindicato, estaremos atentos e faremos parte dessa luta”, afirmou.
Para o presidente da Proifes-Federação, professor Nilton Brandão, é preciso intensificar cada vez mais a mobilização. “É uma luta que exige nossa total mobilização. A Proifes está, também, reivindicando e discutindo a pauta específica dos docentes das universidades e institutos federais”, disse.