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Autor: Ascom Adufg-Sindicato

Publicado em 14/11/2023 - Notícias

Adufg-Sindicato recebe último debate das Jornadas pela Prevalência das Ideias Democráticas e Progressistas

Adufg-Sindicato recebe último debate das Jornadas pela Prevalência das Ideias Democráticas e Progressistas

O Adufg-Sindicato sediou na noite desta segunda-feira (13/11), a última noite de debates das Jornadas pela Prevalência das Ideias Democráticas e Progressistas. O tema abordado foi “A luta ideológica e defesa da democracia”. Participaram das discussões João Cezar de Castro Rocha, professor titular de Literatura Comparada na Universidade Estadual do Rio de Janeiro, Joana Angélica Guimarães da Luz, reitora da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), Maria Amália Andery, reitora da PUC-SP, e José Arnóbio, reitor do Instituto Federal do Rio Grande do Norte. A moderação da conversa foi feita pelo ex-deputado federal, Aldo Arantes.

“A democracia continua em risco”, afirma o antigo parlamentar Aldo Arantes durante sua fala na abertura da mesa-redonda. Para o ex-deputado, a sobrevivência do bolsonarismo após a derrota de Jair Bolsonaro nas urnas é um fator preocupante para o presente e para o futuro da política no Brasil. “A ideia de convocar os três reitores, um representante da Universidade Federal, outra da Universidade Católica e outro dos IF’s, foi exatamente demonstrar a importância que as universidades têm nesse processo de reconstrução da hegemonia das ideias democráticas e progressistas”, sintetizou. 

O professor João Cezar de Castro Rocha, autor dos livros ‘Guerra cultural e retórica do ódio’ e ‘Bolsonarismo: Da guerra cultural ao terrorismo doméstico’, fala sobre as diferenças do avanço da extrema-direita no século passado e no século XXI. Agora, mais cativante aos jovens e empoderada das dinâmicas virtuais, seu crescimento é tido como mais legítimo. O docente aponta o grande desafio dos campos progressistas: “O enigma contemporâneo é a guerra cultural”.

O especialista resumiu: “A guerra cultural da extrema direita é portanto uma máquina de produção de narrativas binárias com base em teorias conspiratórias e fake news cuja finalidade é gerar medo”.

As falas que se seguiram, nas mais de três horas de evento, reforçaram a urgência da atuação conjunta das instituições de ensino superior na guerra cultural a fim de prevenir o avanço da extrema-direita, de combater a disseminação de fake news como ferramenta política e na defesa de uma educação pública de qualidade.