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Autor: Ascom Adufg-Sindicato
Publicado em 22/08/2023 - Notícias
CUT-GO divulga posicionamento favorável à proposta de novo formato de financiamento dos sindicatos
A Central Única dos Trabalhadores (CUT-GO) divulgou nesta terça-feira (22/08), nota de apoio ao novo formato de financiamento dos sindicatos apresentado pelo ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho. O projeto que está em debate por um grupo de trabalho formado por representantes da classe trabalhadora e do governo não prevê a volta do imposto sindical, como alguns veículos de comunicação afirmaram maliciosamente.
O grupo de trabalho deve propor a instituição de uma contribuição negocial, que deve ser definida pelos próprios trabalhadores em assembleia geral amplamente convocada, no âmbito das negociações coletivas. Confira, abaixo, a íntegra do posicionamento da CUT-GO.
NOTA
A CUT Goiás defende o novo formato de financiamento dos sindicatos apresentado pelo ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho. Vale lembrar que não é a retomada do imposto sindical, derrubado pela reforma trabalhista, em 2017, do qual a CUT sempre se manifestou de forma contrária.
Desde o fim do imposto sindical, os sindicatos ficaram sem grande parte de sua arrecadação e perderam força e representatividade na defesa dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras. Mesmo sendo contrária ao antigo imposto, a CUT entende que o custeio é parte importante para a luta sindical.
Por isso, busca novas formas de retomar o financiamento das entidades sindicais para que se tenha uma ampla representação de todas as categorias. A falta de proteção sindical interessa apenas aos patrões, que podem atuar na exploração dos trabalhadores e trabalhadoras, sem, entretanto, conceder quaisquer direitos trabalhistas.
No intuito de atender e representar a todas as categorias, a CUT vem buscando uma nova fonte de financiamento em substituição ao imposto sindical. Assim, será possível investir e fortalecer a negociação coletiva entre trabalhadores e patrões. Vale lembrar que o acordo coletivo beneficia a todo o conjunto de trabalhadores, independente de serem ou não sindicalizados.
Dessa forma, a partir dos acordos, haveria a chamada contribuição negocial. Ou seja, o trabalhador e a trabalhadora contribui com o sindicato que negociou o acordo coletivo ao qual ele será beneficiado, contemplando, não apenas melhorias nos salários, mas a jornada de trabalho, demais benefícios e direitos adicionais, garantindo um sindicato cada vez mais combativo, resistente e autônomo.