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Autor: Ascom Adufg-Sindicato
Publicado em 29/11/2022 - Notícias
Com novo bloqueio orçamentário, UFG, UFJ e UFCAT devem perder R$ 9,7 milhões
Bloqueio de gastos obrigatórios deve chegar a R$ 1,7 bilhão somente no Ministério da Educação
O Governo Federal iniciou nesta segunda-feira (28/11), o bloqueio de gastos obrigatórios do Orçamento geral da União de 2022. Os primeiros cortes que atingiram o Ministério da Educação (MEC) podem chegar a R$ 1,7 bilhão e devem impactar, principalmente, as universidades federais. Somando as projeções das três instituições localizadas em Goiás, o prejuízo deve ser de R$ 9,7 milhões.
Na Universidade Federal de Goiás (UFG), o prejuízo deve ser de R$ 2,4 milhões, segundo o pró-reitor de Administração e Finanças, Robson Maia. O maior bloqueio deve ser registrado da Universidade Federal de Jataí (UFJ): R$ 4.076.659,00. A medida deve impactar o funcionamento de diversas atividades da instituição, como ações de pesquisa e extensão, além de colocar em risco despesas básicas, conforme explicado pelo pró-reitor de Administração professor Dyomar Toledo.
A Universidade Federal de Catalão (UFCat), por sua vez, deve perder R$ 3.274.703,00. “O novo bloqueio vai prejudicar, principalmente, a execução de obras em andamento, bem como o pagamento de fornecedores e de serviços terceirizados”, avalia a reitora da instituição, professora Roselma Lucchese. A reportagem também procurou a Pró-Reitoria de Administração e Finanças da Universidade Federal de Goiás (UFG), que ainda não tem uma dimensão do valor do novo corte.
De acordo com Andifes, o bloqueio orçamentário deve inviabilizar o funcionamento das universidades federais de todo o País. “Isso tudo se torna ainda mais grave em vista do fato de que um decreto do Governo Federal prevê que o último dia para empenhar as despesas seja 9 de dezembro. O governo parece ‘puxar o tapete’ das suas próprias unidades”, afirmou a entidade por meio de nota divulgada nesta terça-feira (29).
Para o presidente do Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg-Sindicato), professor Geci Silva, a retirada de recursos torna ainda mais dramática a situação das instituições de ensino. “Não é surpresa que um governo que atacou as universidades desde o início, que nega a ciência, que retirou verba diversos programas, agora, no apagar das luzes, ataque mais uma vez, prejudicando o já difícil funcionamento das universidades. Continuaremos nos mobilizando para impedir o andamento desses ataques à educação brasileira”, afirma.