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Autor: Ascom Adufg-Sindicato
Publicado em 28/05/2021 - Notícias
Reitor fala sobre situação orçamentária da UFG na Câmara de Goiânia
A situação orçamentária da UFG foi pauta da Tribuna Livre da Sessão Plenária da Câmara Municipal de Goiânia nesta quinta-feira (27/5), ocupada pelo reitor Edward Madureira, a convite dos vereadores Anselmo Pereira, Aava Santiago e Mauro Rubem.
Edward lembrou que a situação já era anunciada desde agosto de 2020, devido ao corte de 18% nos recursos das universidades federais na lei orçamentária. Segundo ele, em 2014, as despesas discricionárias eram de R$ 7,4 bilhões, para as 63 federais existentes à época. Em 2020, o número caiu para R$ 5,3 bilhões e, em 2021, o montante é de R$ 4,3 bilhões. “Se atualizarmos o valor de 2014 para 2021 corrigido pelo IPCA, estaríamos falando nesse ano de R$ 10,7 bilhões para as universidades federais, e a gente tem R$ 4,3 bilhões”, enfatizou Edward.
O reitor argumentou que a universidade está funcionando, mesmo diante das dificuldades, porque fez vários cortes, em áreas como manutenção predial, segurança, limpeza e acessibilidade. “Tudo isso para proteger o local sagrado da universidade, que é a sala de aula e o laboratório, também preservando bolsas de assistência estudantil”, alertou Madureira.
Segundo o reitor, com o orçamento atual, “é impossível salvar a sala de aula”: “Com esses R$ 4,3 bilhões, os cortes chegam às bolsas de milhares de estudantes que, sem o apoio, não têm como estudar”, afirmou. Ele mostrou os números da UFG: em 2014, eram R$ 96 milhões por ano para despesas discricionárias. Em 2020 foram R$ 69 milhões e, em 2021, R$ 56 milhões. “Voltando ao orçamento de 2014, corrigindo, a UFG deveria ter R$ 136 milhões”, projetou o reitor. Para ele, a “saída” é um projeto de lei para recomposição do orçamento das universidades, destinando mais R$ 1 bilhão para as instituições.
Texto: Ascom-UFG