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Autor: Ascom Adufg-Sindicato

Publicado em 10/11/2020 - Notícias

Professores da UFG são listados entre pesquisadores de maior impacto no Brasil

Quatro pesquisadores despontam entre os principais, quando considerada a produção total, e oito quando considerado apenas a produção de 2019

Professores da UFG são listados entre pesquisadores de maior impacto no Brasil

Foi divulgado no início de novembro uma lista de classificação mundial do impacto dos pesquisadores proposta por John Loannidis e colaboradores, a partir da base de dados da Scopus. Na análise foram calculadas métricas de impacto da produção científica para quase 7 milhões de autores de artigos científicos de todo o mundo e, a partir daí, foram selecionados para uma análise mais refinada 2% dos autores com maior rank em diferentes áreas e subáreas do conhecimento. O ranking geral é baseado em uma combinação de diferentes métricas de citação dos artigos e padrões de autoria, sendo calculado para o total de dados do pesquisador ao longo de sua carreira e também apenas para o ano de 2019 (evitando um maior viés para pesquisadores que publicam há mais tempo).

Para o total da carreira, 600 pesquisadores do Brasil aparecem na lista e destes, quatro são professores efetivos da UFG: José Alexandre Felizola Diniz Filho e Luis Mauricio Bini (Instituto de Ciências Biológicas - ICB), Carlos Estrela (Faculdade de Odontologia - FO) e José Realino de Paula (Faculdade de Farmácia - FF). Aparece na lista ainda o professor Arthur Anker, que foi nos últimos quatro anos professor visitante associado ao PPG em Biodiversidade Animal (PGBAN) do ICB. Nessas análises é possível estabelecer uma série de classificações para os pesquisadores, considerando a sua posição geral no mundo, sua posição em relação à sua subárea e à posição em relação aos pesquisadores brasileiros que aparecem na lista. Excluindo-se as autocitações, os professores José Alexandre e Luis Mauricio ocupam, por exemplo, as posições 513 e 1.259 do total de pouco mais de 48 mil pesquisadores da subárea de Ecologia, o professor Carlos Estrela a posição 695 de mais de 55 mil pesquisadores da subárea de Odontologia e o professor José Realino de Paula a posição 1144 de mais de 80 mil pesquisadores da subárea de Química Médica. Em relação aos 600 brasileiros da lista, esses pesquisadores ocupam as posições 40, 199, 334 e 488, respectivamente. Os professores José Alexandre e Luis Mauricio ocupam as posições 2 e 10 na subárea de Ecologia no Brasil, enquanto os professores Carlos Estrela e José Realino ocupam a 7ª e 14ª posições em suas respectivas subáreas do conhecimento.

Para 2019, o impacto da UFG se torna maior, com oito pesquisadores aparecendo na lista: os professores José Alexandre Felizola Diniz Filho, Luis Mauricio Bini, Rafael Loyola, Thiago Rangel e Paulo de Marco do Departamento de Ecologia (ICB), além dos Professores Carlos Estrela (FO), Arthur Anker (PGBAN) e Wendell Coltro (Instituto de Química - IQ). Quando se considera apenas o impacto no ano de 2019, um total de 854 pesquisadores brasileiros aparecem na lista e as classificações dos professores da UFG nessa lista são 29, 150, 220, 274, 280, 410, 518 e 615, respectivamente.Aparecem na lista de 2019 ainda os Professores Adriano S. Melo (UFRGS) e Joaquin Hortal (MNCN,CSIC, Madri), professores associados ao PPG em Ecologia & Evolução.

Impacto da pós-graduação

Para o Pró-reitor de pós-graduação da UFG, Laerte Ferreira, esses dados revelam que a pesquisa produzida na UFG é de alta qualidade e de impacto elevado: “Não é apenas produzir artigos, mas artigos relevantes que fazem a diferença na produção de outros pesquisadores”, afirma. Ele também ressalta que essa pesquisa é produzida especialmente dentro da pós-graduação e que mais de 90% da pesquisa produzida no Brasil é feita dentro das universidades públicas.

O professor Laerte também afirmou que a UFG produz em média 2200 artigos por ano publicados em revistas de alto impacto e isso sem considerar 2 ou mais vezes artigos com mais de um autor da UFG. Ele também destaca que além de vários pesquisadores vinculados a um curso de pós-graduação nota 7 (Ecologia e Evolução) e nota 5 (Odontologia), em que é esperado uma produção de relevância internacional, há uma curva ascendente de cursos novos ou com notas 4 (Ciências Farmacêuticas, Inovação Farmacêuticas, Química e Biodiversidade Animal ). “o sistema de pós-graduação da UFG tornou-se relevante nacional e internacionalmente e isso é um motivo de comemoração, mas precisamos lembrar que pesquisa no Brasil precisa de bolsas. No curso de Ecologia e Evolução, por exemplo, todos os estudantes são bolsistas e isso determina a qualidade da pesquisa produzida. Precisamos lutar para que essas bolsas não sejam descontinuadas. É um investimento muito baixo para o tamanho do retorno que pode trazer”, avalia o pró-reitor.
 

Foto: Reprodução

Fonte: Secom UFG