Abaixo-assinado nacional pede ampliação das formas de envolvimento dos docentes nas decisões sobre greve

Um abaixo-assinado com a participação de centenas de docentes de universidades federais brasileiras exige a ampliação das formas de participação da categoria nas decisões relacionadas às greves. A paralisação que já dura 60 dias em muitas universidades não foi uma deliberação massiva da categoria, conforme apontam os professores e professoras que assinam o documento. Para participar, basta clicar aqui.

Sobre o movimento grevista, ainda em andamento em algumas instituições, o abaixo-assinado diz que “decisões importantes foram tomadas por assembleias pouco representativas” e também afirma que “o processo de deflagração da greve se deu na ausência da ampla maioria de nossa comunidade nos processos deliberativos”.

Apesar de reconhecer a importância da assembleia como espaço de deliberação e debate, o abaixo-assinado avalia que “não é razoável, porém, sustentar que as assembleias presenciais sejam o único espaço e momento de deliberação, sobretudo para decisões que afetam extraordinariamente a vida de todas e todos os docentes e estudantes, bem como as rotinas da vida universitária”.

A movimentação defende a votação eletrônica como uma ferramenta que torna o debate e a deliberação que inclui o maior número de pessoas possível, incentivando e democratizando a participação nos processos decisivos das instituições federais de ensino superior.

Vale lembrar que o sistema de votação eletrônica já é utilizado pelo Adufg-Sindicato, conforme estabelecido em estatuto, justamente no intuito de garantir maior legitimidade para as decisões tomadas. Tanto a deflagração, quanto o fim da greve docente na Universidade Federal de Goiás (UFG), foram decididas por meio de plebiscito, após discussão com a categoria.