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Autor: Ascom Adufg-Sindicato
Publicado em 19/01/2023 - Notícias
Salário inicial de docentes das universidades federais é menor que o piso nacional da educação básica
Categoria não tem recebido o valor mínimo determinado pelo próprio MEC
Docentes efetivos do magistério superior (universidades federais) e do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT/institutos federais) estão com os salários defasados em mais de 40%, considerando as perdas acumuladas desde 2015, descontados os reajustes obtidos no acordo firmado entre Governo Federal e Proifes-Federação.
Atualmente, o piso salarial de um docente graduado, com carga horária de 40 horas semanais, é de R$ 3.130,85. Comparativamente, a remuneração dos docentes federais representa 70,8% do valor mínimo pago aos profissionais da educação básica, que foi reajustado para R$ 4.420,55. O aumento de 14,9% foi anunciado nesta semana pelo Ministério da Educação.
Em outubro do ano passado, quando ainda era candidato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou a falta de reajuste salarial do funcionalismo público. “Os servidores públicos federais estão há quase sete anos sem aumento”, disse.
Para o presidente do Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg-Sindicato), professor Geci Silva, a luta pela valorização da categoria deve ser cada vez mais incisiva. “Deixamos para trás um governo que elegeu os servidores como inimigos. A expectativa, agora, é que possamos retomar o diálogo pelo reajuste salarial e por melhores condições de trabalho com a nova gestão. Neste sentido, a mobilização torna-se cada vez mais necessária”, avalia.
Campanha salarial
O Adufg-Sindicato, por meio da Proifes-Federação, já encaminhou solicitação de audiência ao ministro da Educação para que a pauta de reivindicações da categoria seja apresentada. A entidade também pretende mostrar que o Governo Federal não tem pago aos professores federais o piso salarial determinado pelo próprio MEC.
As entidades sindicais também cobram da atual gestão a criação de um grupo permanente de negociação com os servidores públicos. “Não suportamos mais o arrocho e as perdas salariais que temos sofrido desde o golpe contra a ex-presidente Dilma Rousseff”, explica Geci.