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Autor: Ascom Adufg-Sindicato

Publicado em 12/02/2021 - Jornal do Professor, Notícias

JP Online: Uso da Fiocruz para produção de remédios sem eficácia comprovada é danoso para sociedade brasileira, critica Pró-Reitor de Pesquisa e Inovação da UFG

JP Online: Uso da Fiocruz para produção de remédios sem eficácia comprovada é danoso para sociedade brasileira, critica Pró-Reitor de Pesquisa e Inovação da UFG

“Qualquer ação que desvie recursos para atividades que não sejam comprovadamente eficazes é muito danosa para a sociedade brasileira”, afirmou o Pró-Reitor de Pesquisa e Inovação da Universidade Federal de Goiás (UFG), Jesiel Freitas Carvalho. O professor classificou como “gravíssimo” o Ministério da Saúde utilizar a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para produção de remédios sem comprovação científica de eficácia para o tratamento da Covid-19.

De acordo com documentos divulgados pelo jornal Folha de S. Paulo na quinta-feira (11), foram produzidos 4 milhões de comprimidos de cloroquina. Além de produção de fosfato de oseltamivir (o Tamiflu). Os medicamentos foram feitos sob pretexto de recursos públicos emergenciais para combater a Covid-19 e com destino para pacientes portadores do vírus.

Segundo Jesiel, isso é algo “muito ruim” para o Brasil: “É completamente inaceitável que os recursos sejam drenados para atividades que não sejam comprovadas pela ciência e pelas autoridades da saúde com base no conhecimento técnico”. O Pró-Reitor ainda acrescenta que existe uma demanda enorme sob recursos e uma disponibilidade muito baixa para ser utilizada com objetos sem eficácia.

“É uma situação realmente lastimável essa que enfrentamos, da desinformação, do desvio das finalidades efetivas e os prejuízos que isso causa para o país”, lamentou o docente. Para ele, o governo deveria buscar investimentos na educação e na pesquisa do País.

“Com uma ciência cada vez mais forte, que possa ser convertida em atividades de produção e geração de riquezas para melhorar a vida dos brasileiros, para que o país esteja melhor preparado. Essa não é a última pandemia, infelizmente, outras doenças graves virão e precisamos estar preparados para isso”.