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Autor: Ascom Adufg-Sindicato

Publicado em 05/02/2021 - Jornal do Professor

(JP Online) - Gastos do governo com guloseimas poderiam financiar milhares de bolsas de pesquisa e iniciação científica

(JP Online) - Gastos do governo com guloseimas poderiam financiar milhares de bolsas de pesquisa e iniciação científica

Os gastos com guloseimas do Governo Federal em 2020 seriam suficientes para o financiamento de centenas de bolsas de pesquisa e iniciação científica. Conforme amplamente divulgado pela imprensa, foram gastos R$ 1,8 bilhão com produtos, como bombons, chicletes e doces. Trata-se de mais da metade do orçamento inteiro previsto para o Ministério da Ciência, Tecnologia e Novação (MCTI) para 2021, cuja previsão é de R$ 2,7 bilhões.

Ingrediente que não falta no pão do café da manhã do presidente Jair Bolsonaro, o leite condensado, por exemplo, pesou no orçamento. O produto custou R$ 15 milhões nas despesas do Executivo. De acordo com o Observatório do Conhecimento, o montante é suficiente para financiar 592 bolsas de doutorado ou 869 bolsas de mestrado. O valor também daria para custear 3,2 mil bolsas de iniciação científica.

Em 2021, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) deve contar com R$ 22 milhões. O valor é menor do que os R$ 25 milhões gastos pelo governo com chocolates. O governo também gastou bastante com refrigerantes: R$ 31 milhões, que daria manter 1,2 mil doutorandos durante um ano.