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Autor: Ascom Adufg-Sindicato
Publicado em 11/01/2021 - Jornal do Professor
(JP Online): Luta pela vacina contra a Covid-19 reafirma a importância de mais investimentos na ciência brasileira
Na última semana, dois pedidos de aprovação para o uso emergencial de vacinas contra o novo coronavírus (Covid-19) foram feitos junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Tanto o Instituto Butantan, quanto a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), entregaram os documentos sobre estudos em parceria com esforços globais na busca pelo imunizante. A luta pela vacina mostra, mais uma vez, a necessidade de se investir cada vez mais na ciência brasileira.
No entanto, mesmo mostrando ser cada vez mais importante, a ciência no Brasil continua sendo desvalorizada. Para 2021, por exemplo, a verba destinada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), é de R$ 2,7 bilhões, o que representa uma queda de 34% na comparação com o ano passado. Vale ressaltar que, em 2020, o montante já foi 15% menor que em 2019.
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que financia a maior parte das pesquisas brasileiras, vai dispor de apenas R$ 22 milhões este ano, cerca de 18% do orçamento disponível em 2019. A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), por sua vez, perderá R$ 1,2 bilhão em relação ao ano passado. Já no Ministério da Educação (MEC), o corte é de R$ 4,4 bilhões.
Para o professor e pesquisador, José Alexandre Felizola, do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Goiás (ICB-UFG), a tendência é que o cenário piore. “A ciência mostrou seu valor, mas o negacionismo se fortaleceu em cima das vacinas. Estamos vendo todo um caos no Ministério da Saúde em relação à logística. O fato é que o Brasil estrategicamente falhou na vacinação”, avalia.