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Autor: Ascom Adufg-Sindicato
Publicado em 03/09/2020 - Jornal do Professor
(JP Online): Brasil possui déficit histórico com populações negras, indígenas, LGBTs e ciganas
“O Brasil possui déficit histórico com populações negras, indígenas, LGBTs e ciganas”, afirmou a professora da Universidade Federal de Goiás (UFG), Luciene Dias, nesta quinta-feira (03/09), ao participar do #BatePapoAdufg. A live abordou a importância das políticas de ações afirmativas no processo de inclusão.
De acordo com a docente, as ações afirmativas – cujo objetivo é assegurar igualdade aos grupos excluídos -, precisam avançar em todos os sentidos no País. “É preciso garantir representatividade em absolutamente todos os espaços de poder. Sem isso, não vamos conseguir mudar o curso da história e vamos continuar em uma trajetória de desigualdade”, destacou.
Ao falar sobre representatividade, Luciene lembrou que, embora a maioria da população brasileira seja negra, a representatividade das populações excluídas, ainda é pequena. “Não se de uma luta de negros contra brancos. É preciso compreender que cidadania é para todos e não só para as elites”, disse.
Luciene também criticou os ataques que os direitos humanos têm sofrido no Brasil nos últimos dias. “Os direitos das pessoas excluídas é algo que todos deveriam defender e assumir como responsabilidade. Infelizmente, a realidade é bem diferente. Precisamos estar vigilantes e saber como reagir de forma fundamentada”, explicou.
Nesta semana, o #BatePapoAdufg foi mediado pelo diretor administrativo do Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg-Sindicato), professor João Batista de Deus. Ele também defendeu que é preciso tornar as ações afirmativas mais efetivas no País. “É uma discussão extremamente importante para que o País consiga, de fato, garantir mais inclusão e igualdade”.